Especialistas à conversa:

Conheça Beatriz Domínguez, responsável pela conceção e desenvolvimento dos nossos Lubrificantes

 

Repsol Lubrificantes
04 outubro 2023

O meu nome é Beatriz Domínguez e sou engenheira química. Trabalho no Repsol Technology Lab, na área de design do produto. Já trabalho no desenvolvimento de lubrificantes para todo o tipo de veículos há 15 anos e, durante os últimos anos, tive o orgulho de participar também no desenvolvimento do lubrificante usado pela nossa equipa de MotoGP Repsol Honda. 

  Como foram os seus começos profissionais?    

Os começos numa nova área são sempre difíceis, porque se começa com gente nova e, sobretudo, são necessários novos conhecimentos. No meu caso, desconhecia por completo o mundo dos lubrificantes e, no fim, acabei por falar a língua deles.   

Como percebeu o percurso a fazer até chegar à sua atual responsabilidade de liderar uma área tão importante?    

Sobretudo, exigiu muito esforço, muito trabalho, aprender com os meus colegas e estudar. Estamos continuamente a atualizar os conhecimentos e a adquirir novos.   

Acho que o trabalho em equipa também é muito importante. Tive a sorte de ter colegas excecionais, que foram quem me ajudou, e continuam a fazê-lo, na minha carreira profissional.   

Que desafios teve de enfrentar para chegar onde está?    

Os desafios foram sobretudo técnicos, que são inerentes à nossa profissão. Quanto mais conhecimento se vai tendo, mais complexas e de maior impacto são as coisas que se vai fazendo, o que também requer por vezes uma dimensão de criatividade. O maior desafio dentro da minha carreira profissional foi sair da zona de conforto, deixar de fazer coisas unicamente técnicas e dedicar-me à gestão de pessoas, parcerias e recursos.   

Como avaliaria a sua experiência profissional no setor científico?  

Se tivesse que definir a minha experiência com uma palavra, seria “simples”. Sempre tive vocação para as ciências. Tive a sorte de poder estudar na área científica e dedicar a minha vida profissional à área de investigação e desenvolvimento. No final de contas, foi tudo muito fácil.     

Que desafios futuros se apresentam no mundo dos lubrificantes? Acredita que serão necessários mais perfis como o seu?  

Desde que me juntei à Repsol, o mundo dos lubrificantes não parou de evoluir e, como é óbvio, continua a fazê-lo. Julgo que o melhor desafio que se apresenta agora no setor é a descarbonização da indústria e, com a ajuda de perfis técnicos como o nosso, estaremos perfeitamente preparados para o abordar 

Que papel desempenharam a ciência e a tecnologia para conseguir a descarbonização da indústria dos lubrificantes?

A descarbonização de um portfólio de produtos tão extenso e diverso como o dos Lubrificantes, com uma casuística relativamente ao ciclo de vida tão variada faz com que, nos próximos anos, o desafio que temos nas áreas técnicas, juntamente com outras áreas como Logística, Operações ou Processos, seja colossal.  

Temos de mudar por completo a forma como formulamos, fabricamos e comercializamos produtos à venda no mercado há muitos anos sem alterar de repente os seus desempenhos, mas reduzindo o seu impacto ambiental e pegada de carbono. Por isso, o papel da ciência e tecnologia, apoiadas em novas ferramentas computacionais que nos ajudam a tornar mais eficaz e a acelerar a conceção dos produtos, será essencial nos próximos anos para reformular a 360º os nossos produtos atuais. 

Que mudanças notou desde que chegou à Repsol?    

Quando comecei a minha carreira profissional na Repsol, todos os meus colegas cientistas eram homens, eu era a única mulher. No entanto, para mim isso não constituiu uma dificuldade ou uma facilidade. Desde que cheguei à Repsol até agora, houve uma evolução positiva no número de mulheres dedicadas a este trabalho científico. Há sobretudo mais mulheres em posições de liderança graças à sua valia, conhecimento e valor que acrescentam à empresa.    

O que diria aos jovens para lhes despertar a curiosidade por carreiras profissionais como a sua?  

Existe uma frase de que sempre gostei: “como não sabia que era impossível, fi-lo”. Dir-lhes-ia que não há nada impossível, e que os únicos limites são os que nos autoimpomos.